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VOCÊ GOSTARIA DE CONTROLAR MELHOR A SUA EJACULAÇÃO?

Esta parece ser uma daquelas perguntas onde a resposta é quase sempre sim. Outra, muito comum, tem a ver com tamanho do pênis: quem gostaria de aumentar? Bem, vamos evitar aqui longas explicações sobre a influência de nossa cultura machista sobre esse aspecto de nossa sexualidade. Focando nas disfunções ejaculatórias, destacamos a importância de um diagnóstico preciso para evitar medicalizar à vida sexual. Em palavras mais simples: precisamos distinguir quem realmente tem a doença ejaculação precoce daquele que simplesmente gostaria de curtir durante mais tempo a relação sexual.

Do ponto de vista médico, ejaculador precoce é aquele que reúne três aspectos:

– ejacula sempre ou quase sempre antes ou com menos de um minuto de penetração vaginal;

– não tem capacidade de retardar a ejaculação, ou seja, de controlá-la;

– as situações acima causam grande insatisfação sexual para o casal.

Portanto, não basta apenas “gozar” com mínima estimulação sexual para receber o diagnóstico. Tem muitos homens que controlam menos de um minuto e estão muito felizes e satisfeitos com a vida sexual. Esses não merecem nenhum tipo de tratamento. Por outro lado, aqueles que preenchem os três critérios seriam considerados ejaculadores precoces.

A ejaculação precoce pode ser dividida em primária, quando acompanha o homem desde o início da vida sexual, ou secundária ou adquirida, quando em determinado momento o homem perde o controle ejaculatório e passa a sofrer com a rapidez com que a relação se encerra. Nesse segundo caso, usualmente o tempo de penetração até a ejaculação é maior, chegando próximo aos três minutos.

Cada situação descrita precisa ser muito bem compreendida pelo médico, para que o tratamento evolua de maneira satisfatória. Rotular todos os casos como “problema psicológico” ou excesso de ansiedade é fácil, mas muito desanimador para o paciente. Quando chegam ao consultório vencendo inúmeras barreiras eles merecem mais do que uma simplificação exagerada de um fenômeno bastante complexo e, ainda desconhecido pelos próprios médicos.

Embora, a causa especifica da ejaculação precoce ainda seja desconhecida, os especialistas apontam algumas teorias para explicá-la. A mais valorizada envolve a disfunção de receptores da serotonina localizados no cérebro, nos núcleos que participam do controle da ejaculação. Nos homens com essa disfunção uma quantidade menor de estímulos excitatórios já seria capaz de deflagrar o reflexo da ejaculação.

Por outro lado, teorias comportamentais valorizam as experiências sexuais iniciais como modeladoras de um hábito ejaculatório. Ou seja, nos garotos que experimentaram um início da vida sexual onde gozar rápido era a regra, o amadurecimento sexual não acompanhou um maior controle ejaculatório. Situações de grande repressão familiar, violência doméstica e traumas relacionados à abusos na infância geram uma carga de ansiedade ligada ao relacionamento sexual que provocaria a rapidez ejaculatória. Dentre os fatores psicológicos que parecem estar envolvidos na ejaculação precoce estão: Ansiedade; Estresse; Instabilidade emocional e problemas de relacionamento.

No caso da ejaculação precoce secundária, um evento de impacto pode precipitar a disfunção. Classicamente a separação conjugal pode resultar em desequilíbrio emocional e iniciar o descontrole. A ejaculação precoce pode também surgir após um episódio isolado de disfunção erétil, provocando um quadro de medo e ansiedade nas próximas relações.

  • Mas o médico precisa sempre descartar causas menos comuns para o problema. Existem fatores orgânicos tratáveis que podem causar ejaculação precoce: Níveis hormonais acima do normal. Exemplo: hipertireoidismo.
  • Níveis de neurotransmissores acima do normal. Exemplo: uso de medicamentos.
  • Disfunção erétil (já mencionada)
  • Inflamação ou infecção na próstata e na uretra
  • Danos no sistema nervoso causados por experiências traumáticas ou cirurgias.

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Portanto, vários fatores podem desencadear o problema da ejaculação precoce. Entre eles, problemas de saúde, como diabetes e as doenças cardíacas, que aumentam o nível de ansiedade/insegurança durante a relação sexual. Igualmente a disfunção erétil, que traz problemas em ter ou manter uma ereção, bem como o medo de perder uma ereção, podem levar o homem a ejacular antes do tempo.

O fato é que um evento isolado de ejaculação precoce pode causar um estresse e uma frustração tão grande que este passa a ser o próprio fator desencadeante.

As estimativas apontam que um em cada três homens apresentam essa condição, sendo, portanto, uma disfunção sexual relativamente comum. Mas obviamente estes números são exagerados e surgem de levantamentos onde não se usou o critério diagnóstico aqui discutido. Inclui o desejo latente de todos os homens no sentido de prolongar o prazer.

Vale salientar que muitos casos estão associados aos jovens em início de atividade sexual. Nessa situação é muito importante encontrar um médico com experiência nessa área para tranquilizar o garoto e reforçar a “normalidade” desta etapa da vida sexual.

Outra situação comum e que não merece remédios: quando o descontrole surge somente com parceiras novas, após longo período de abstinência Não é considerado nenhum problema médico. Mas uma situação de grande ansiedade que deve ser superada pela intimidade do casal.

O mais importante é o homem não sentir constrangimento em buscar informações qualificadas. Visite o urologista e converse sobre sexualidade. Tire suas dúvidas! Com a experiência e conhecimento do médico o caminho para reencontrar a satisfação sexual pode ser muito abreviado. Lembre-se: Você não é o único com essa questão. Sempre existe como receber ajuda profissional para superar seu problema. Por vezes, apenas entender o que é “normal” já é suficiente.

Procure essa ajuda com profissionais sérios, estabelecidos e com experiência. Pesquise sobre o profissional de saúde que vai atendê-lo. Pergunte a um conhecido que já se tratou. Cuidado com nomes complicados, estrangeiros, outras galáxias ou planetas… Fuja de promessas de confidencialidade, sigilo ou salas individuais, afinal você não é um criminoso. Propagandas caras na televisão/jornais e revistas prometendo a solução mágica do problema? Você imagina de onde vem o recurso para pagar essa mídia? Eu também não. Verifique o currículo do profissional de saúde que vai atendê-lo nessas ditas clínicas especializadas. Talvez você se surpreenda em constatar que nem urologista ele é.

Referências:
Current Pharmacological Management of Premature Ejaculation: A Systematic Review and Meta-analysis. Castiglione F et al. Eur Urol. 2015 Dec 31.
Interventions to treat premature ejaculation: a systematic review short report. Cooper K et al. Health Technol Assess. 2015 Mar;19(21):1-180
An evidence-based unified definition of lifelong and acquired premature ejaculation: report of the second international society for sexual medicine ad hoc committee for the definition of premature ejaculation. Serefoglu EC et al. Sex Med. 2014 Jun;2(2):41-59

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